Ainda acordar disposto para ser cobrado; saber demonstrar falso interesse ao ouvir as dicas de autoajuda empresarial que tanto abomino, engolir todo dia um presente cada vez mais ácido e sem graça. A todo momento alguém invade minha atenção, que está vidrada no texto e na música, para sugerir algo, perguntar se estou bem, o que estou fazendo, se estou com fome. ... mas agora senti um doce bom nos lábios e parece que a tensão dissipou um pouco, é a música fazendo efeito. Caso resolvesse reler o texto antes de postá-lo, coisa que não farei, tudo perderia o sentido.
18 de jul. de 2010
Galo
Mas minha vida vive um atropelo e parece que eu sou o único que não pode passar mal. Nem encher a cara e curtir a ressaca em paz. Tenho sempre que me preocupar em manter as mentiras, aprimorar desculpas, fingir que não bebo, que não cheiro e não fumo... E assim, mesmo não fumando nem cheirando, acabo gastando tempo tentando imaginar como alguém que não se imagina avaliado a todo momento agiria: finjo que sou natural.
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