26 de jul. de 2010

Maria

Era o único impulso imprevisível naquele amontoado de protocolos de conduta. Sabia o que devia vestir, como devia falar, horas de chegada e saída, procedimentos a serem realizados, particularidades do sistema, siglas internas e outras coisas. Não sabia como me portar à sua frente. Corava ao te encontrar na copa, nos corredores, elevadores e tentava te evitar a qualquer custo.

Mas, também a qualquer custo, arrumava motivos para correr ao seu setor e me afogar no seu perfume, na tatuagem semi visível do seu tornozelo, as mechas do seu cabelo, o seu decote.

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